sábado, 6 de novembro de 2010

A DOR DA PARTIDA

Se eu soubesse que essa seria a última vez que eu veria você dormir
Eu aconchegaria você mais apertado,
E rogaria ao Senhor que protegesse você.

Se eu soubesse que essa seria a última vez que veria você sair pela porta,
Eu abraçaria, beijaria você, e chamaria você de volta,
Para abraçar e beijar uma vez mais.

Não me consola saber que a vida é infinita
que nada morre, que tudo é eterno.
Na partida definitiva, não há como fugir
da maior dor pelo ser humano sentida.

Separam-se os corpos, ah saudade doída!
Saudade que ofusca a vida
e que só o tempo ameniza a dor.

Laços que se desfazem
Numa partida sempre inesperada
que bom seria se esta despedida
pudesse ser eternamente adiada.

As lembranças que ficam de imediato, atormentam
Onde buscar as cores, gestos e olhares,
Como dialogar com o silêncio?

Como tocar o nada? Como trazer tudo de volta?
Impossível! Ah dor infinita!

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